22 de junho de 2017

Doce Amor - Carole Mortimer

Tempo de leitura:
(Título Original: Pregnant By The Millionaire
Tradutor: Paulo Pozonoff Jr.
Editora: Harlequin
Edição de: 2017)

Encantada pelo chefe!

Hebe mal pôde acreditar que foi para a cama com seu sensual chefe, mas Nick Cavendish só precisava de alguém com quem passar a noite do aniversário da morte de seu filho. Na manhã seguinte, ele tentou descartá-la como fizera com todas as outras amantes. Contudo, livrar-se de Hebe não seria tão fácil. Afinal, ela está sentindo enjoos matinais... Nick fica feliz por ter uma segunda chance de ser pai. Porém, Hebe está com o coração partido. Ela não quer se casar apenas por obrigação. Será que Nick conseguirá convencê-la de que realmente deseja um futuro a seu lado?



Palavras de uma leitora...


- Será que o problema sou eu, gente?! Será que quase arremessei este livro pela janela porque estou muito estressada e não tive um pingo de paciência com este casal, sobretudo com o imbecil do Nick? Ou o problema é mesmo o livro?

Esta resenha era para ter sido feita ontem. Todavia, eu estava sem internet. Quando saí de casa hoje, a internet ainda não tinha voltado. Desta forma, estou fazendo a resenha no meu momento livre no trabalho. E sim, isso é motivo suficiente para eu estar estressada! 

"O que ela esperava, caramba?! Que ele faria declarações de amor eterno? Que ele diria que não poderia viver sem ela e a convidaria para acompanhá-lo a Nova York?
Droga, isso é a vida real, não um conto de fadas."

- Protagonizando um antigo clichê em que chefe e funcionária se envolvem, Hebe e Nick passam uma noite juntos. Nada indicava que algo assim ocorreria, mas o mocinho estava deprimido e como Hebe estava bem ali na sua frente, ele achou que não existia nada de mais em jantar com ela para depois levá-la ao seu apartamento para uma noite de sexo. Na manhã seguinte: bye bye querida! Sem pensar duas vezes, sem qualquer remorso.

Após quebrar as próprias regras e ir para a cama com seu chefe, Hebe não poderia se sentir pior do que já estava. Teve a ilusão de que ele se interessara por ela como pessoa, mas a atitude de Nick na manhã seguinte só provava que ela tinha sido idiota, que se entregara a alguém que apenas a usou para aplacar o próprio sofrimento. Envergonhada e com o coração em pedaços, ela foi embora sendo tonta o suficiente para ainda acreditar que ele ligaria. Mas Nick não ligou. 

Assim, seis semanas se passam... Ele retorna à Londres no intuito de obter a ajuda de sua sensual funcionária para atrair um artista recluso que ele tinha total certeza que Hebe conhecia. Afinal de contas, tinha provas inequívocas de que ambos tinham sido amantes. Quem melhor do que ela, então, para encontrá-lo? Mas ao rever Hebe... as coisas acabam por seguir um caminho totalmente diferente. Os desmaios e enjoos só poderiam significar uma coisa... E por mais estranho que pudesse parecer, Nick estava disposto a fazer o que fosse preciso para ser pai novamente. Mesmo que para isso tivesse que se casar com alguém em quem não confiava. 

" - Por que você está colocando toda a culpa em mim? Você também não usou proteção alguma!
- Ninguém me disse que eu deveria usar!"

- Sério, gente! Esse foi o pior momento do livro para mim. Foi aí que quase joguei o livro o mais longe possível e estava apenas na página 57. Fiquei tão furiosa! Me perguntei se estava no século XXI ou no século III! Porque o inocente, pobre ingênuo do Nick não sabia que necessitava se proteger ao ter relações sexuais com uma mulher, coitado! Ninguém disse isso para ele, pobrecito! Dá até dó dele, não é mesmo? Utilizando-se de um argumento totalmente estúpido e irritante, o filho da p... jogou toda a culpa da gravidez para cima da Hebe, pois ela era quem deveria se proteger, ele não precisava fazer nada para evitar uma gravidez. Tive realmente vontade de açoitá-lo em praça pública nesse momento. É claro que a mocinha também foi irresponsável, mas ela não engravidou sozinha (eu iria usar uma frase aqui, mas ela é muito inapropriada.rsrs). Ele também era responsável e sua infantilidade em eximir-se da culpa me deixou mais que revoltada. Não tenho nem sequer 1% de paciência com atitudes assim. 

- Mas nosso "querido" mocinho depois aceita muito bem a gravidez. Não que aceitasse a mãe do bebê, mas queria ser pai. Mais do que tudo. Queria ter a chance de criar uma criança novamente, pois tinha sofrido uma perda terrível no passado e viu naquele novo bebê uma oportunidade de recomeçar. Tudo bem. Eu me comovi, senti compaixão pela perda dele, mas nada me fez simpatizar com a criatura que é esse suposto mocinho. Porque ele faz a Hebe se sentir mal desde o instante em que conta para ela que a mocinha está grávida. Sim, é ele quem dá a notícia. Como já tinha convivido com uma mulher grávida antes e Hebe era totalmente ingênua em relação a isso, ele percebeu os sintomas primeiro. No dia em que a reencontrou, após seis semanas fingindo que ela não existia. E então... ele se comporta como um canalha, ora a acusando das coisas que ele imaginava ora querendo forçá-la a se tornar sua esposa. E depois ameaçando tirar a criança dela se ela não fizesse exatamente o que ele queria. Não dá para tolerar isso! Antes mesmo da metade do livro eu já estava cansada até mesmo de ouvir o nome "Nick". Só isso já fazia meu sangue esquentar.

- Pouco me importam seus motivos! Ele fez a garota ficar atormentada desde o primeiro dia. Ficou pressionando, infernizando, ignorando totalmente o fato de que a usou como se ela não valesse nada e depois se valendo do sexo para, triunfante, fazê-la enxergar que eles tinham tudo para dar certo juntos. Fala sério! Se ser bom na cama era a única qualidade que ele possuía, a Hebe tinha tudo para escolher como marido alguém muito melhor. Ele era totalmente dispensável. Mas não! Se sentia a última coca-cola do deserto e ficava furioso porque a Hebe, sendo a golpista que ele acreditava que ela era, não queria facilitar as coisas. É claro que ela só poderia querer mais dinheiro, segundo os pensamentos da mente distorcida dele. Não tive paciência. Foi impossível!

E não pensem que o Nick foi meu único problema. Também desejei sacudir a mocinha da história, por ser tão passiva, por não colocá-lo em seu devido lugar. Ela reclamava um pouco, mas acabava fazendo tudo o que ele queria. Não tinha personalidade. Ou melhor, se anulava totalmente quando estava perto dele. No fim das contas, merecia o Nick. Foram feitos um para o outro. 

- Não estou dizendo que o livro é ruim. Os livros da Carole Mortimer nunca são, pois ela é uma autora maravilhosa, mesmo quando seus personagens nos tiram do sério. O que estragou o livro para mim foram os protagonistas desta história. O Nick é tão idiota e cretino que seu arrependimento, quase no final do livro, não me provocou nada. Pelo contrário, fiquei ainda mais furiosa!kkkkkkkkkk... 

Uma coisa que eu sim gostei foi do romance entre dois personagens que na verdade quase não aparecem, mas têm grande importância. Na verdade, a Claudia sequer aparece no livro, infelizmente. Eu queria ter conhecido mais profundamente a sua história. :( 

E algo bastante divertido é que também tenho dúvidas da existência da tal colega de apartamento da Hebe.rsrs A mocinha falava dela, mas a garota nunca apareceu. 

- Na resenha de Vingança Arriscada, disse que leria um lançamento da Carole Mortimer. Porém, embora Doce Amor seja um dos lançamentos de 2017 da Harlequin, ele na verdade é uma reedição de uma história já publicada em 2009 aqui no Brasil. Só que eu ainda não tinha lido. 

Bem... Agora irei ler Cuco, da autora Julia Crouch, minha escolha para o tema deste mês do Desafio 12 Meses Literários. Me desejem sorte! Vou precisar!kkkkkkkkk... 

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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