20 de junho de 2014

O Visconde que Me Amava - Julia Quinn

Tempo de leitura:

(Título original: The Viscount Who Loved Me
Tradutora: Ana Resende
Editora: Arqueiro
Edição de: 2013)

Série Os Bridgertons - 2/8

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.



Palavras de uma leitora…


“Ele inclinou-se para mais perto dela, deixando que o hálito quente roçasse sua bochecha.
Ela estremeceu. Ele sabia que isso aconteceria.
Sorriu com malícia e completou:
- Poucas coisas me agradam mais que um desafio.”

- Anthony Bridgerton estava acostumado a ter o que desejava. E se agora desejava arranjar uma esposa adequada para a posição de viscondessa e mãe de seus filhos, sabia que não teria a menor dificuldade. Mesmo levando-se em conta os três requisitos que a felizarda deveria preencher. Claro que ele não era nenhum ingênuo. Sabia que mulheres com cérebro estavam em falta em Londres (e talvez em toda a Inglaterra), mas como ele bem sabia: sempre, sempre mesmo, conseguia o que desejava. E encontraria, sem o menor esforço, a mulher digna de levar o seu nome. É quando ele ouve falar de Edwina Sheffield, o diamante da temporada. Ao conhecê-la, Anthony logo percebe que ela preenche, com perfeição, todas as suas exigências. Só existe um pequeno problema. Kate Sheffield. A irmã da sua escolhida. A mulher mais irritante que ele já tivera o desprazer de conhecer. A única que conseguia fazê-lo esquecer-se da educação que recebera dos pais e sentir ânsias de torcer o pescoço de uma mulher. O dela, é claro. Quando estava em sua presença, o pior dele era despertado. E Anthony mal podia se reconhecer. E por mais que não quisesse admitir… aquela mulher, a mesma que ele queria matar, despertava nele sentimentos ainda mais perturbadores. Algo que ele jamais sentira e com certeza não fazia a menor questão de sentir em toda sua vida. Kate Sheffield era tóxica. Uma droga das mais letais. Mas também a única capaz de fazê-lo descobrir o que era realmente estar vivo.

“Ela balançou a cabeça.
- Acho que minha opinião a seu respeito não pode piorar.
- Essa doeu. – Ele balançou um dedo na direção dela. – Pensei que a senhorita devesse estar se comportando da melhor maneira possível.
Kate olhou ao redor.
- Não conta muito se não houver ninguém por perto para me ouvir, não é?
- Eu posso ouvi-la.
- Com certeza o senhor não conta.”

- Quando comecei a leitura desta história, não sabia bem o que esperar.rsrs… Tinha me apaixonado perdidamente pelo livro O Duque e Eu e uma das coisas que eu mais desejava ao seguir lendo essa série era ver o Anthony sofrer. Nas mãos de algum irmão superprotetor e intrometido. Afinal de contas, ele tinha feito o meu Simon comer o pão que o diabo amassou nas mãos dele. Quem leu o livro da Daphne e do Simon sabe bem do que estou falando.rsrs O meu mocinho querido sofreu muito. E isso porque eles eram melhores amigos. Imagine se não fossem!kkkk… Eu ansiava pelo momento em que teria a minha vingança.rsrs… Em que veria esse cínico arrogante provar do próprio veneno. Mas isso não aconteceu. Pelo menos não da forma que eu imaginava.kkkkk… Ele não enfrenta a ira de um irmão superprotetor. Mas sim a de uma irmã superprotetora, que estava mais do que disposta a vê-lo a quilômetros de distância de sua irmãzinha querida. De preferência, gostaria que ele fosse para Marte ou para qualquer outro planeta. Quanto mais longe, melhor. O planeta Terra era pequeno demais para eles dois.kkkkkkkkkkk… E ela faz questão de mostrar claramente isso para ele. Nem sempre com palavras.rsrsrsrs…

“Talvez tenha sido pela postura casual de Anthony, ou pelo modo como ele coçava o queixo, fingindo refletir sobre a questão, mas a verdade é que alguma coisa se acendeu em Kate e, sem nem mesmo pensar, ela se lançou sobre ele, furiosa como nunca, e começou a bater em seu peito com os punhos.
- O senhor nunca vai se casar com ela! – gritou. – Nunca! Está me ouvindo?
Ele ergueu um braço para defender-se de um golpe no rosto.
- Eu teria que ser surdo para não ouvir.”

- Entendem agora o que eu quis dizer com o “nem sempre com palavras”?rsrsrs… E isso porque eu nem coloquei a cena em que ela morde a perna dele.kkkkkkkk… Ou as cenas nas quais ela pisa, de propósito, nos pés dele, mais do que disposta a mutilá-lo. Essa mocinha é, sem sombra de dúvidas, o tipo de mocinha que eu mais adoro.kkkk… Nenhuma mocinha seria mais perfeita para o Anthony, por mais que ele pensasse o contrário. Com ela, ele pagaria por todos os seus pecados. E com juros ainda por cima.kkkkk…

“- Acredito – respondeu ele em voz baixa – que a senhorita estava prestes a falar algo do qual poderia se arrepender em breve.
- Não – retrucou ela, com uma expressão pensativa. – Não acredito que arrependimentos estejam no meu futuro.
- Mas estarão – respondeu ele em tom sinistro.
Em seguida, segurou o braço dela e praticamente a arrastou para o meio do salão de baile.”

- Quando Anthony e Kate se conhecem, é ódio à primeira vista. Tenho que reconhecer que o Anthony tentou ser um perfeito cavalheiro (estou roubando o título do próximo livro da série.rsrsrs…) perto dela, mas Kate fez até o impossível para torrar a paciência dele.rsrs… Nossa mocinha já tinha uma opinião formada sobre o caráter dele e deixou mais do que claro que ele jamais entraria para sua família. Muito menos como marido da sua irmã. Como nosso querido e convencido mocinho não costuma aceitar um “não” como resposta (sequer poderia recordar a última vez em que uma mulher lhe dissera tal coisa) e também adora um desafio, passa a cortejar ainda com mais determinação a irmã da nossa mocinha, com a clara intenção de irritá-la. Por mais que se recusasse a admitir, não era Edwina que lhe interessava. É verdade que ela era a mulher mais linda da temporada. Mas não conseguia despertar nem metade do que Kate despertava dentro dele. Não o fazia desejar provocá-la em cada oportunidade, matá-la nos tempos vagos e morrer de paixão em seus braços. Desde que conhecera aquela mulher, não conseguia ter paz nem mesmo quando dormia, pois até os seus sonhos era fizera questão de invadir. Ele sabia. Ninguém precisava lhe dizer. Sabia que estava enlouquecendo. Graças a ela. Mas a faria provar da mesma loucura. Nem que fosse a última coisa que ele fizesse na vida. Ah, ela tinha o poder de virar seu mundo de ponta à cabeça. Mas se pensava que o mundo dela seguiria perfeitamente arrumado, estava mais do que enganada.rsrs

“-  Ironia não lhe cai bem, Srta. Sheffield.
- Nada lhe cai bem, lorde Bridgerton.”

- Confesso que fazia tempo que eu não me divertia e me deliciava tanto com uma história. Certamente, não senti nada disso ao ler A Ira dos Anjos. Sinto uma angústia só em lembrar! E quando pensei numa história que tirasse o gosto amargo do livro do SS da minha boca, olhei imediatamente para este livro. Não sei bem porquê. Talvez seja porque não consegui esquecer de como foi maravilhoso ler O Duque e Eu e soubesse, inconscientemente, que seria ainda mais incrível ler O Visconde que Me Amava. Eu queria ler algo que fosse doce e divertido. Leve, romântico, que tivesse aquela magia tão rara nos livros ultimamente. Queria algo que me livrasse do trauma do livro que li há poucos dias. E o livro do Anthony e da Kate conseguiu isso. Com enorme facilidade. Desde as primeiras páginas, essa história me envolveu por completo, me fascinou, emocionou e divertiu na mesma medida. E quanto mais eu lia, mais triste ficava.kkkkkk… Porque não queria de jeito nenhum que a história chegasse ao fim. Cheguei ao ponto de ler da forma mais devagar que conseguia, cada página, para prolongar mais a leitura e fugir da página final. O livro me emocionou e divertiu muito; para mim é um lindo conto de fadas, com aquela beleza que nem os contos de fadas conseguem ter, mas eu fiquei muito triste quando terminei de ler. A autora deveria ter escrito mais. Se o livro tivesse mais 500 páginas eu leria sem reclamar. Na verdade, iria amar isso.rsrs… É uma história pela qual nos apaixonamos perdidamente. Um tesouro, uma raridade que ninguém deveria deixar de ler. Enquanto lia esse livro, lembrava muito das histórias da Candace Camp e da Judith McNaught. Quem ama as histórias dessas autoras, com certeza amará esse livro! Na verdade, eu não consigo imaginar alguém lendo essa história e não conseguindo amá-la. (suspiros…)

“E ela não duvidava que ele a mataria. Na verdade, estava até surpresa pelo fato de não ter tentado, na semana anterior, às margens do lago Serpentine.
Lentamente, ele deu meia-volta. Então virou-se de novo. E não caminhou.
Nesse momento, Kate tentou pensar em todas as razões pelas quais morrer antes de chegar aos 21 anos não seria algo tão ruim.”

- Não há mais nada que eu possa dizer sem contar a história toda.rsrsrs… Na verdade, chego a ficar surpresa por ter conseguido me controlar bastante até agora.rsrsrs… Me sinto tão contagiada pelo livro, tão envolvida, que sinto vontade de falar de cada cena, de cada momento, contar cada pequeno detalhe que me encantou, que me emocionou. Mas juro que vou me controlar!rsrs… Nem sequer vou falar dos traumas do Anthony e os da Kate. De tudo que os tornava tão parecidos, tão conectados, tão perfeitos um para o outro. De verdade, eu não poderia imaginar ninguém que os completasse tanto. Ao ver a Kate passar por certas coisas, eu não conseguia ver ninguém sendo mais compreensivo, que conseguisse compreendê-la e apoiá-la como ele. E quando é a vez do Anthony enfrentar seus fantasmas, Kate mostra que eu estava certa ao imaginar que ela era digna de ser uma das minhas mocinhas mais queridas. Esses dois foram feitos direitinho (risos) um para o outro. Até mesmo quando tudo em que conseguem pensar é numa forma de assassinar um ao outro.kkkkkkkkk… Como eu me diverti com as batalhas desses dois!rsrs… Já sinto imensa falta deles. :(


“Seria possível apaixonar-se pela mesma pessoa sempre, todos os dias?”

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

Um comentário:

  1. Oi, tudo bom? Adorei a resenha!! Já li o livro e cada vez mais estou apaixonada pelos membros da família Bridgertons.

    Abraços
    Lu
    Apaixonada por Romances Numa oportunidade, passa lá e me visita... Comente!

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