5 de outubro de 2012

Um Gosto de Esperança - Susan Mallery

Tempo de leitura:

(Título Original: Sweet trouble
Tradutora: Ana Rodrigues
Editora: Harlequin)


3º Livro da Trilogia As Irmãs Keyes

Lar... doce lar?

Jesse Keyes finalmente cresceu de verdade… Com um emprego fixo e mãe de um garotinho superagitado, ela agora está em uma posição muito melhor do que 5 anos atrás, quando saiu de Seattle grávida e incompreendida por quase todas as pessoas que conhecia. 

Mas havia chegado a hora de voltar para casa e enfrentar seus medos e culpas. Só que suas irmãs, Claire e Nicole, não parecem muito confiantes em relação à nova Jesse, adulta e responsável. Ainda por cima Matt, o pai de Gabe, deixa claro que não tem a menor intenção de vê-la novamente, apesar do forte desejo que ainda sentem quando estão próximos. 

Jesse está confusa, não sabe se poderá consertar os erros cometidos. Por outro lado, percebe que ainda é possível reconquistar Matt. E esse é todo o incentivo de que precisa para se animar outra vez!



Palavras de uma leitora...



"- Estou indo embora - disse Jesse, antes que Nicole pudesse perguntar por que ela estava ali. Não posso mudar nada aqui. Não posso consertar nada. E não quero mais ser a vilã da história, por isso estou indo embora."

"- Vai ser problema meu quando você voltar, e nós duas sabemos que é isso o que vai acontecer.

Jesse encarou a irmã por um longo tempo.

- Você pensa que sabe tudo a meu respeito. Pensa que sabe quem eu sou, mas está errada. Não sabe de nada, e estou cansada de brigar com você, Nicole. Não consigo desapontá-la mais. Isso me magoa muito. Você não acredita em mim, mas é verdade. Nunca quis que as coisas fossem desse jeito. Por favor, não tente me encontrar.

E, dizendo isso, Jesse se virou e se foi."

Observe: ESSES TRECHOS FORAM RETIRADOS DO LIVRO UM GOSTO DE AMOR, SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA.

- E cinco anos se passaram... Tempo demais, não acham? Mas foi necessário. Jesse precisava desse tempo para amadurecer, para deixar surgir a pessoa que ela realmente era. Nicole, Claire, Matt... todos eles precisavam desse tempo, embora eu lamente pelo que perderam. E lamento principalmente por Nicole, Jesse e Matt. 

"- Não! Eu não vou embora até que você me escute. Até que você entenda.

- Entenda o quê? Que enquanto você ia para a cama comigo, fingia se importar comigo, também estava andando com Drew? E com quem mais, Jesse? Com quantos outros caras? Não estou pedindo um número total. Duvido que você consiga contar tão alto. Mas, vamos dizer, nos últimos dois meses. Menos de cem? Menos de vinte? Me dê apenas uma ideia aproximada.

Jesse chorou mais, odiando as palavras dele e a distância que via em seus olhos."

"- Eu não estou interessado - disse Matt. - Não há nada que você possa dizer que vá fazer com que eu me importe. Uma vez vagabunda, sempre vagabunda. Todo mundo estava certo a seu respeito."

- Palavras cruéis, não acham? Foram ditas para machucar e machucaram profundamente. Naquele instante Jesse viu seus sonhos, suas esperanças, serem destruídos. Por Matt ela tinha mudado. Por ele tinha conseguido dar uma chance a si mesma, parou de se destruir, e agora ele estava jogando seu passado em sua cara, usando tudo que ela tinha lhe confessado para machucá-la. Jesse sentiu como se algo tivesse morrido dentro dela e foi impossível continuar ali. Não só na casa dele, escutando suas palavras afiadas. Mas na cidade. Perto daqueles que tinham lhe julgado e lhe virado as costas. Ela precisava respirar. Sentia-se sufocada, apavorada e ferida. Fugir não era uma opção, mas a única coisa que poderia fazer. Não era masoquista. Não ficaria ali, sendo julgada e agredida só porque seus agressores acreditavam estar certos e no direito de atormentá-la. Ela não suportava mais. 

- Jesse não chegou a conhecer Claire. Quando ela nasceu, Claire já tinha ido embora e seus pais só pensavam na filha prodígio, que se tornaria famosa, mundialmente conhecida. Não se preocuparam com a bebê recém-nascida. Era como se ela não existisse. Mas uma pessoa notou e se preocupou com a bebê. E não demorou muito para se tornar a mãe que Jesse não teve. Não porque sua mãe biológica estivesse morta. Pelo contrário. Ela estava bem viva, mas preocupando-se unicamente com Claire e esquecendo a existência de Nicole e Jesse.

Nicole só tinha seis anos, mas amou a irmã caçula à primeira vista. Cuidava dela, dava-lhe o amor que ela necessitava receber e aos doze anos, quando sua mãe resolveu viajar para ficar com Claire, Nicole abandonou de vez o papel de irmã e assumiu o de mãe. Era jovem demais. Uma menina ainda, mas abandonou sua infância, seus sonhos e viveu por Jesse e a confeitaria da família. Ela fez o seu melhor. Se dedicou de corpo e alma à menina que tanto amava, deu-lhe tudo que podia, mas, como todos os pais, também cometeu erros. 

Embora amasse Nicole e soubesse que era amada por ela, existiam momentos nos quais Jesse não suportava sequer ficar perto de Nicole. Desejava ficar o mais longe possível. Dos seus olhares reprovadores, das suas palavras afiadas e da certeza de que tinha destruído a infância da irmã. Da certeza de que jamais conseguiria pagar pelo sacrifício que a irmã tinha feito. Embora não fosse sua intenção, Nicole deixou mais do que claro que tinha se sacrificado. Que tinha feito tudo por Jesse. Que tinha desistido da própria infância para que Jesse fosse criança. Eram palavras ditas de modo amargo, pois Nicole precisava desabafar. E desabafou com a pessoa errada, contribuindo muito para tornar Jesse uma adolescente rebelde que caminhava a passos largos para a própria destruição. 

Magoada com Nicole. Sentindo-se culpada por ter roubado a infância da irmã e ressentida por Nicole jogar isso tantas vezes na sua cara, Jesse cometeu inúmeros erros assim que entrou na fase mais perigosa e complicada da sua vida. Foi só entrar na adolescência para ela experimentar álcool e drogas. E não demorou muito para ela descobrir os garotos. Em pouco tempo (e vou usar as palavras dela) ela se tornou a vagabunda da escola. Trocava de ficante (porque eles não eram seus namorados) como a maioria das mulheres (usando mais uma vez as palavras dela) troca de calcinha. Ela queria ferir Nicole e usou o próprio corpo para isso. Ela própria não saberia dizer com quantos garotos transou. Quantos erros cometeu... Não saberia dizer quanta dor sentia. Não saberia explicar por que doía tanto se sentir tão vazia e suja... tão indigna do amor de qualquer homem. Não acreditava que alguém poderia amá-la. Ela tinha usado os garotos. Os tinha usado para ferir a irmã, mas também tinha sido usada. Ela só dava o que eles queriam, ouvia palavras de amor da parte deles somente porque eles achavam necessário dizer isso para levá-la para a cama. O sexo era escondido, rápido e sujo. Nenhum deles se importou com ela. Nenhum deles enxergou além da aparência. Só queriam seu corpo e só receberam isso dela. 

Mas Jesse queria mais. Estava cansada de querer machucar a irmã, estava cansada de se machucar. Nunca conseguia fazer algo dar certo em sua vida. Estava se destruindo e enxergava isso, mas não sabia o que fazer. Não sabia como consertar as coisas. Ninguém nunca tinha acreditado que ela fosse capaz de chegar a algum lugar. Ninguém nunca acreditou nela, apostou nela. E ela não tinha motivação para mudar. Porém, num determinado dia, ela encontrou. Encontrou justamente aquilo que seu coração, com tanto desespero, buscava. 

- Jesse já não sabia mais o que fazer. Não tinha rumo, nenhum plano para o futuro, nenhum objetivo. Estava com 22 anos e vivendo na casa da irmã, trabalhando sob o comando de Nicole e sendo impedida de desenvolver suas próprias ideias, mesmo que o negócio da família também fosse seu. Jesse queria fazer algo que lhe desse prazer, mas passou tanto tempo empenhada em se destruir, que não sabia sequer por onde começar. Mas um garoto tímido, mal vestido, com uns óculos horrorosos no rosto e a típica aparência de um nerd viciado em computadores, lhe deu aquilo que ela precisava. Um motivo para viver e acreditar em si mesma. 

Ele estava prestes a cometer o maior erro da sua vida e Jesse sentiu vergonha por ele. Ela assistiu tudo e quando ele saiu abatido daquela cafeteria, Jesse, num impulso, foi atrás dele e se ofereceu para mudar toda a sua vida. Para ajudá-lo a mostrar seu potencial. E ela cumpriu o prometido. Transformou o nerd desajeitado e tímido, num homem irresistível e confiante, o sonho de toda mulher. Mas ela perdeu seu coração no processo. O que começou como um projeto, uma chance de fazer algo certo pela primeira vez em sua vida, acabou se tornando muito mais. Ela passou a ter ciúmes das mulheres que entravam na vida dele, que desejavam conquistá-lo. Ela o queria. Ela estava se apaixonando por ele, mas sabia que seria impossível tê-lo. Ele não a merecia. Era lindo tanto por fora quanto por dentro, um cavalheiro, sempre gentil com as mulheres, sempre tratando-as com consideração. Ela não poderia querer que ele ficasse com ela, que não passava de uma qualquer. Matt estava completamente fora do seu alcance e ela teria que assistir enquanto ele conhecia outras mulheres, teria que suportar em silêncio quando ele falasse delas, dos momentos que passou com elas... e, o mais terrível, teria que assistir calada quando ele conhecesse a mulher certa. Quando se apaixonasse por ela, se casasse e construísse a própria família. Embora soubesse que ficaria feliz por ele, ela também sabia que seu coração ficaria em pedaços. 

"Jesse se virou e o pegou observando-a. Havia alguma coisa na expressão dele que ela nunca vira antes.

- Matt?

- Acho que não havia percebido até agora - falou ele lentamente.

- Percebido o quê?

- Que em algum momento, ao longo do caminho, me tornei mais do que um projeto para você. Quando isso mudou?

Jesse ficou gelada por dentro, incapaz de se mover, mal conseguia respirar. Ali estava, a única coisa que ela quisera evitar. Aquele momento de humilhação total. Porque Matt já não era mais um pobre nerd que precisava de ajuda. Era másculo e capaz. Era um homem por quem ela se sentia desesperadamente atraída. Emocionalmente, ele poderia esmagá-la como a um inseto."

- Bem... Como vocês sabem, o primeiro livro da série começa quando Jesse entra em contato com Claire, pedindo que a irmã, que ela mal conhecia, voltasse para Seattle, pois Nicole iria fazer uma cirurgia e precisaria de ajuda. A própria Jesse não poderia ajudar, pois tinha sido expulsa de casa após ter sido pega na cama com o marido de Nicole. Ninguém esperou que ela se explicasse, ninguém acreditou que poderia haver outra explicação para aquilo além da óbvia. Ao longo do primeiro livro, Jesse aparece poucas vezes. A ideia que a gente tem dela é de que ela é uma menina imatura, que não pensa muito nas consequências. Aliás, não pensa nada. Essa é a ideia que temos dela no primeiro livro. No segundo livro, Jesse volta a aparecer e mais uma vez percebemos que ela não é muito madura, embora também se dê para notar que ela não é má. Apenas... está perdida. Completamente perdida. Quando ela se encontra com o Matt, vai até a casa dele esperando que o homem que tinha dito que a amava a ouvisse e acreditasse nela, a gente sofre por ela, mesmo não a conhecendo direito ainda. O Matt é muito cruel com ela e joga o passado da Jesse em sua cara, se aproveitando daquilo que ela tinha lhe confessado, se aproveitando da confiança que ela tinha depositado nele. Achei isso muito cruel, mas também entendo o lado do Matt. Jesse tinha sido pega na cama com o marido da irmã. Ela estava completamente nua da cintura para cima e Drew estava com a mão em seu seio. Não havia dúvidas do que estava se passando, certo? Qualquer pessoa interpretaria a cena da mesma forma: ambos estavam tendo um caso. E iriam transar se Nicole não os tivesse interrompido. Nenhuma pessoa acharia que as coisas não eram bem assim. É claro que Nicole e Matt tinham todo o direito de se sentirem traídos e de expulsarem Jesse de suas vidas. 

No terceiro e último livro da trilogia, finalmente vemos o que realmente se passou. Desde o início. Desde quando Jesse conheceu Matt e conhecemos também o passado da Jesse através da própria Jesse. E tudo muda. Eu não consegui ver a Jesse desse terceiro livro da mesma forma que vi nos outros dois. Quando ela volta, cinco anos depois, ela é uma mulher madura, inteligente, responsável e disposta a consertar o passado. A fazer as pazes com ele. Mas a Jesse de cinco anos antes não era necessariamente uma jovem imatura, irresponsável ou coisa parecida, entendem? Tudo bem. Ela cometeu inúmeros erros. Errou mais do que a maioria dos jovens erra, mas era porque estava magoada. Estava ferida. A adolescente pode ter sido infantil, estúpida, mas a jovem de 22 anos, não era assim. A gente enxerga a alma da Jesse, coisa que não conseguimos fazer nos outros dois livros, e percebemos que ela tinha noção de cada coisa que fazia, que estava arrependida dos erros que tinha cometido e que só queria um motivo, uma ajuda, apoio para recomeçar. Através da visão da Claire e da Nicole nos outros livros, não conseguimos notar isso. A autora não nos permite perceber isso. Enfim...

- Depois de ser pega na cama com o marido da irmã, Jesse não perdeu só Nicole, a casa e o emprego na confeitaria. Ela também perdeu o homem por quem tinha se apaixonado, o homem que tinha lhe dado motivos para mudar, para ser uma pessoa melhor. O homem... que a tinha engravidado. 

- Sim. Jesse vai embora de sua cidade natal, esperando um filho de Matt. Ela não fugiu escondendo esse fato dele. Não. Ela deixou bem claro que estava esperando um filho dele antes de partir. Ela esperou que Matt se importasse com o bebê, que exigisse que ela ficasse por causa do bebê, mas as coisas não foram assim.

"Jesse agarrou o braço dele. 

- Matt, me escute. O filho é seu! Mesmo que me odeie, precisa tomar conta dele. Não estou mentindo. Posso provar. Assim que o bebê nascer faremos o teste de DNA.

Ele a encarou por um longo tempo, então se soltou das mãos dela e foi até a porta.

- Você não está entendendo, não é? Eu não me importo, Jesse. Você não é nada para mim além de um arrependimento. Não acredito que esse bebê seja meu e, mesmo se for, não quero ter um filho com você. Não quero ter nada a ver com você. Nunca. Quero que vá embora. Nunca mais quero vê-la de novo. Por motivo algum.

O que mais a assustou foi a calma com que Matt falou, o modo fácil como as palavras saíam da boca dele para rasgar a alma dela em pedaços.

Jesse abaixou os olhos, meio que esperando ver seu corpo rasgado e sangrando, mas toda a dor era por dentro.

- Matt, por favor - ela implorou.

Ele abriu a porta e ficou olhando para fora.

- Vá embora."


"Matt jurara que o passado dela não importava, que estaria com ela não importava o que acontecesse. E mentira, deixando-a em um vazio que a assombraria pelo resto da vida."


- Jesse foi embora grávida e sem dinheiro. Sem saber o que fazer da sua vida e como cuidar do filho que teria que criar sozinha. Ela estava ferida e apavorada. Já tinha chorado tudo que conseguiria chorar, mas as lágrimas não iriam solucionar seus problemas. Não faria o dinheiro aumentar, o combustível permanecer no seu carro, sua irmã e seu ex namorado perdoá-la. Não mudaria nada. Não consertaria coisa alguma. Mas talvez aliviasse um pouco a sua dor. 

- Quando toda sua família e o homem que roubou seu coração lhe viraram as costas, Jesse ficou sozinha, abandonada, mas a ajuda veio de quem ela menos poderia esperar. De um estranho. De um senhor que nunca a tinha visto na vida, mas que percebeu seu desespero e algo mais que as pessoas que ela amava jamais conseguiram perceber. Ou quiseram perceber. Aquele homem acolheu Jesse como uma filha, uma neta. Lhe deu um emprego, ouviu sobre seu passado sem condená-la, a ajudou a encontrar um lugar para morar e lhe deu apoio quando Gabe nasceu. Graças àquele homem que não tinha motivo algum para ajudá-la, Jesse conseguiu seguir em frente, conseguiu puxar de dentro de si a força que necessitava para criar o filho que era totalmente dependente dela. Estudou, trabalhou muito e conseguiu se virar. E fez um ótimo trabalho. Ela não fez o que Nicole esperava que ela fizesse. Não voltou rastejando, destruída para pedir abrigo a irmã. Não. Ela conseguiu vencer. Não ficou rica nem nada, mas conseguiu construir uma vida adequada para ela e o filho. Sem jamais pedir nada para aqueles que lhe viraram as costas. 

- Mas precisava voltar. Precisava de uma vez por todas fazer as pazes com seu passado. Precisava também dar a Gabe o que ele tanto lhe pedia: a chance de conhecer o pai. E assim... Jesse retorna. Cheia de medo e esperança. Desejando ser recebida de braços abertos por aqueles que ela ainda amava. 

- Bem... É triste ver a Jesse imaginando, desejando ser recebida com afeto, abraços e beijos. É triste, pois nós sabemos que isso não vai acontecer. O tempo não pode consertar tudo e não mudou a opinião que a Nicole e o Matt tinham dela. Se Jesse foi bem recebida por alguém, foi por Claire e Sid, um funcionário da confeitaria. Nicole não facilitou nem um pouco as coisas para ela, embora no fundo desejasse abraçar a irmã e impedi-la de partir novamente. Vocês sabem como a Nicole é.rsrs... Facilitar as coisas para quem ela ama não é sua especialidade. Isso porque ela também tinha medo de ser machucada novamente. Não tinha nada a ver com ódio. Foi por amar a Jesse que ela não a recebeu de braços abertos e fez questão de complicar bastante a sua vida.rsrsrs... Acho que a Nicole nunca vai mudar. Porém, eu a amo mesmo assim.kkkkk... É minha preferida! 

- Eu já contei demais sobre o passado da Jesse, embora tenha me controlado para não falar muito de como foi o namoro dela com o Matt. Quando lerem esse livro, vocês acompanharão essa relação linda e que acabou de modo tão amargo. Enfim... Não quero falar muito de como foram as coisas depois da volta da Jesse. Só posso dizer que esse livro, para mim, é o melhor da série. Aquele que mais me cativou e do qual sentirei mais falta. Além de mostrar a relação da Jesse com o filho e com Matt, a autora também fez questão de tornar a Claire e Nicole bem presentes no livro e foi uma delícia vê-las na história. Elas foram muito importantes no livro e quando a Nicole e a Jesse se reconciliaram foi um momento inesquecível. Que trouxe lágrimas aos meus olhos e uma vontade enorme de convencer a autora a fazer mais livros sobre as três.kkkkkk... Eu não me importaria se a série fosse mais longa. É uma série linda demais, entendem? Não consigo aceitar que acabou. Estou sentindo muita falta e já peguei os três livros e os abracei, como se assim pudesse manter a história comigo.rsrs... Continuo pensando nas três histórias, mas o livro mais marcante é o terceiro. Posso dizer que a autora fechou a trilogia com chave de ouro. O final é maravilhoso! Não. Maravilhoso é pouco!rsrs...

- Nesta história, nós também revemos o Hawk que continua bastante convencido.kkkkk... Me diverti nos momentos em que ele apareceu. Não canso de dizer que ele foi feito sob medida para a Nicole. Nenhum homem jamais a amaria e a faria tão feliz como o Hawk. Ele é perfeito para ela e lhe deu três bebês lindos para ocuparem seus dias e a fazerem ter aquilo que ela tanto ama: responsabilidade.rsrs... Ela reclama tanto do quanto sempre teve que ser responsável, mas adora isso.kkkk... E agora tem três filhos pelos quais é responsável. Ela não poderia ser mais feliz do que é.rsrs... Mas ainda acho que ela terá mais filhos.kkkkkkkkkk... 

- Odiei o Matt? Com toda a certeza. Não direi meus motivos, mas ele fez questão de despertar meu ódio em alguns momentos. E demorou. Demorou bastante para ele conquistar meu coração. Quase terminei o livro odiando-o. Eu o entendia, gente. Realmente entendia. Mas há um limite para tudo e o Matt o ultrapassou. Uma coisa é querer ferir a Jesse, outra coisa bem diferente é agir do modo como ele agiu. Ele se salvou por pouco.rsrs... Mas a Susan Mallery é especialista em nos fazer ver o lado de todos os seus protagonistas. Eu vi o lado do Matt e vi seu arrependimento sincero. E além do mais, ele não ficou só no arrependimento. Ele lutou para consertar as coisas e foi muito bom acompanhar isso. Como se não fosse suficiente para me fazer perdoá-lo, o amor que surgiu entre ele e o filho, arrebatou meu coração. Sim. Ele errou. Feio. Muito, muito feio. Mas se arrependeu e mudou. Na verdade, parou de usar máscaras e deixou vir à tona quem ele realmente era, conquistando meu coração. Precisei perdoá-lo.rsrsrs... Geralmente demoro mais do que as mocinhas para perdoar esses mocinhos estúpidos. Mas nesse caso, eu o perdoei primeiro.kkkkkkk... A Jesse demorou um pouco mais para perdoar o homem da vida dela. Ela é muito mais parecida com a Nicole do que gostaria de ser.rsrs... 

"- Hoje, com Gabe, no parque, ele tropeçou e caiu. Foi como se eu estivesse caindo, pior até porque não me importaria de me machucar, mas não queria que nada de mal acontecesse a ele. Eu o levantei do chão rapidamente, mas naquela fração de segundo morri mil vezes."

"Matt carregou-o de volta para o carro. Gabe o agarrava como se nunca mais fosse soltá-lo. Matt abraçou-o com força, jurando para si mesmo que protegeria aquela criança a qualquer preço. Tomaria conta dele. Emoções desconhecidas lutavam por espaço em seu coração [...]"


- A história é muito linda gente e eu a recomendo MUITO. Tenho certeza de que irão amá-la e pensar nela durante um bom tempo. Toda a trilogia é deliciosa, preciosa, mas o terceiro livro é o melhor. A ordem de preferência fica assim: Um Gosto de Esperança, Um Gosto de Amor, Um Gosto de Vida. Mas minha mocinha preferida é a Nicole, seguida de perto pela Jesse. Claire é um encanto e eu também a amo muito, mas não posso negar que Nicole se tornou minha querida. :) É a verdade. E por pura coincidência, meu mocinho preferido da série é o Hawk.kkkkkkk... A diferença é que ele não é seguido de perto pelo Matt.rsrs... Não. Em segundo lugar vem o Wyatt, marido da Claire. Matt fica em último lugar.rsrsrs... Não que eu não o ame, mas é que eu prefiro o convencido do Hawk.rsrs... 


Trilogia As Irmãs Keyes:

Um Gosto de Vida (Claire)
Um Gosto de Amor (Nicole)
Um Gosto de Esperança (Jesse)


Uma música para ouvir durante a leitura da história:


Tal como una hoja que se lleva el viento me dejé llevar
me encerraste en un beso
y no supe escapar
hoy que no te tengo
desde la distancia te puedo jurar

Que te extraño en mis sueños
que me dueles aun más
es tan difícil comprender
que nuestros mundos sean tan diferentes

Como duele, no verte cada madrugada
Sentir como te extraña el alma
Haber tenido tanto
y no tener nada

Como duele, sentir el corazón vacío
Saber cuanto te necesito
Y ver que sigue entre tu y yo
Una barrera de amor

Solo enloqueciendo, dejaría un momento de pensar en ti
le haces falta a mi cuerpo para sobrevivir
no es posible comprender
que nuestros mundos sean tan diferentes

Como duele, no verte cada madrugada
sentir como te extraña el alma
haber tenido tanto y no tener nada
y duele... sentir el corazón vacío

Sentir cuanto te necesito
y ver que sigue entre tu y yo una barrera de amor

Y duele cada vez más... que no estás...
que de mi vida te vas

Como duele, sentir el corazón vacío
saber cuanto te necesito
y ver que sigue entre tu y yo
una barrera de amor 

[Música: Barrera de Amor/Cantora: Noelia]

P.S.: Essa música me faz pensar muito na história de Jesse e Matt. O quanto eles eram diferentes, o quanto o mundo deles era diferente, a dor que ambos sentiram com a separação e a barreira que os separava. Tudo que estava entre os dois, separando-os. E apesar de tudo, eles ainda se amavam. Ainda precisavam estar juntos para serem felizes. O amor que existe entre eles é muito lindo, muito forte e eu não poderia duvidar dele. Eles se amam mais do que gostariam de se amar. 

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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