2 de julho de 2012

Até o Fim - Julia James

Tempo de leitura:

(Título Original: Baby Of Shame
Tradutora: Marie Olivier
Editora: Harlequin)


Uma noite inesquecível de prazer. Rhianna lutou contra todas as dificuldades possíveis para sobreviver desde aquele dia. Mas ela sabe que o segredo que carrega, em breve, causará sérios problemas, pois o magnata grego Alexis Petrakis descobriu que aquela noite deu origem a algo maravilhoso.



Palavras de uma leitora...



"— Você precisa saber de uma coisa. Você come­teu um erro — embora a voz fosse suave, era de uma suavidade aterrorizante. — Um enorme erro... — fez uma pausa. — Não faço negócios na cama. Nunca. Portanto, embora você tenha sido realmente muito boa, você me usou para nada. Exceto, é claro — e agora a olhava de cima a baixo — para demonstrar sua... habilidade. Excelente, por sinal. — Fechou os olhos e depois abriu, lançando o mesmo olhar vítreo que cortava feito bisturi.— Você tem muito talento, Rhianna, mas deveria ter se contentado com o pagamento. Ficaria muito fe­liz em pagá-la. Na verdade... — Enfiou a mão no bol­so e pegou uma carteira de couro. Abriu-a. Várias notas de cinqüenta libras voaram em cima da cama. — Fique com o troco — disse baixinho."



- Lendo esse livro pude me lembrar claramente do motivo para estar evitando gregos, italianos e cia, apesar de gostar muito deles. É porque eles são uns estúpidos, sem cérebro (até têm cérebro. Só que não funciona.), que acreditam no que todo o mundo fala, e consideram verdade somente aquilo que querem considerar. Se a pessoa fala algo que eles não querem aceitar, eles sequer ouvem! Fazem das mocinhas o que querem. As tratam pior do que tratariam o próprio lixo. Pisam, pisam e pisam. E quando ficam cansados, sentam em cima. Realmente não era à toa que eu estava evitando esses trastes. 


- Faz tempo que estou prometendo ler este livro. Foi indicação de uma amiga querida e já faz mais de um ano que ela o indicou. Naquela época, eu só vivia lendo livros assim. Da Michelle Reid, Lynne Graham, Helen Bianchin, Penny Jordan... Só que com o tempo, a vontade de matar essas pragas chamadas de mocinhos foi ficando cada vez maior e houve determinado momento no qual resolvi parar um pouco. Para o bem da minha saúde física e mental, sabe?rsrs... 


- Quando comecei a ler este livro, senti o que sempre sinto quando leio um livro da LG: vontade de matar o mocinho. De forma bem dolorosa, se possível. Quanto mais dolorosa, melhor. Fiquei aqui imaginando formas de acabar com a raça dele e jurei que não o perdoaria nem se a  Julia James o transformasse num completo santo no final da história. O xinguei de todos os nomes que achei conveniente. Principalmente, filho de chocadeira. Porque nem uma... prostituta, para não dizer um nome pior, faria uma coisa como essa (= mocinho da história). Eu senti meu sangue esquentar e para completar a situação, a mocinha da história também não tinha minha simpatia. Pelo contrário. Eu me perguntava como uma mulher podia ser tão estúpida assim. Cheguei a acreditar que ela era o tipo de mulher que fazia os homens acreditarem que mulher alguma conseguia ser profissional. Ter uma profissão. Achei ela uma vergonha para o sexo feminino. E pensei seriamente em abandonar a leitura.

- Porque não acreditei naquele amor à primeira vista. Não foi amor coisíssima nenhuma! Foi desejo à primeira vista. E mais nada! Ela foi até o Alexis para salvar a empresa do pai. Convencê-lo a fechar o negócio que a MML já pretendia fechar antes dele comprá-la. Ela estava lá como a contadora da empresa do pai, mas foi só ver o homem para se derreter toda e esquecer seu objetivo. Nunca o tinha visto antes. Começou a jantar com o grupo que estava reunido com ele e bebeu além da conta (isso porque ela estava lá  à negócios, é claro.). Depois, pediu para falar com ele em particular e não protestou quando ele resolveu levá-la para a suíte dele (por que protestaria? Era isso mesmo que ela queria. Só faltava se jogar em cima dele e implorar). Lá, o gato comeu a língua dela e ela esqueceu completamente da empresa do pai que estava prestes a falir. Esqueceu também que estava na suíte de um estranho, que mesmo sendo um grego podre de rico poderia também ser um psicopata. Bebeu o que ele ofereceu para ela beber e foi para a cama com ele. Sem sequer hesitar. 

- Bem... O que um homem poderia pensar desse tipo de mulher? Eles não conversaram! Nem sequer tentaram se conhecer antes de transarem. É claro que ele a consideraria uma transa apenas. Um caso de uma noite. Até mesmo uma prostituta, pois é o que mostra o trecho acima. O filho da pontualidade teve a cara de pau de pegar o dinheiro e jogar em cima da cama como se estivesse pagando pelos serviços de uma prostituta. Se fosse comigo, eu faria ele comer o dinheiro. Todo. Teria que engolir cada pedacinho. Isso se eu não atacasse algo na cara dele para quebrar todos os seus dentes. Foi esse começo que quase me fez largar o livro. 


"— Tenho uma reunião de negócios. Então, infelizmente, preciso deixá-la.
Ela ouviu as palavras, mas por um momento não compreendeu. Em seguida, o significado atingiu-a como um soco. Céus! Ele estava indo embora.
Rhianna foi considerada uma transa sem compro­misso.
Um prato rápido, conveniente, à mão, para livrá-lo da fome. Ele jogou charme, fez sexo, dormiu — e agora tchau!"


- Quando li o que ela pensou, lembro claramente do que eu disse: "Isso mesmo, minha filha. Foi exatamente o que você foi. Um prato à mão. Como você queria que ele te visse? Como a mulher com quem ele deveria se casar?"

- Não. Eu não condeno todas as mocinhas que vão para a cama com um estranho.rsrs... Só que eu não vi a relação inicial deles como algo além de desejo. De sexo por sexo. Simplesmente sexo, sabe? Eu teria que ver uma magia ali, algo mais forte... Sei lá. Só sei que aquilo, a forma como tudo começou e terminou ali, me fez perder completamente a paciência com os dois. Ele, era um cavalo e ela, uma tonta. 

- Bem... Pelo que eu já disse, vocês podem ter uma ideia de quantas estrelas o livro ganhou, não é? E qual é o meu sentimento pelo livro, não é verdade?rsrs... Será?!kkkkkk...


"A auto-preservação a ajudou a manter o passado es­quecido. Porque lembrar-se de Alexis a faria lem­brar-se de tudo que ele tinha feito com ela — e que ela permitiu que fizesse."


- Conforme fui lendo o livro, continuei desejando matar o Alexis. Como ele testava a minha paciência! Parecia implorar para eu odiá-lo. E eu já o odiava. O achava um insensível, frio que merecia os tormentos do inferno para deixar de ser tão canalha. Mas meus sentimentos pela mocinha da história começaram a mudar. Eu percebi o quanto fui estúpida. Quem sou eu para julgar alguém? Tudo bem que às vezes mando mocinhos e mocinhas para o inferno sem remorso. Porque eles merecem. Pediram com desespero para eu fazer isso. Mas eu senti a mudança acontecendo, sabe? Me senti culpada. Olhei para a Rhianna com reprovação e não pensei no que eu sentiria se estivesse no lugar dela. Se meu pai tivesse sofrido um infarto e estivesse correndo risco de vida. Se alguém que eu amasse estivesse correndo risco de vida e estivesse nas minhas mãos a responsabilidade pela vida daquela pessoa. Pois era essa a situação da Rhianna. A falência daquela empresa, que era a razão de viver do pai dela, significaria a morte dele. Ela tinha ido até lá para falar com o Alexis (e não transar com ele. Realmente, isso não estava nos planos dela. Aconteceu simplesmente). Ela estava abalada. Não é fácil ver alguém querido hospitalizado, correndo risco de vida. Ele podia não ser um exemplo de pai, mas ela o amava e estava aproveitando sua última oportunidade de fazer algo pela vida dele. Após me colocar no lugar dela, imaginar como eu estaria emocionalmente naquela situação, eu comecei a me sentir muito culpada. Porque beber demais também foi uma forma dela tentar escapar de sua agonia emocional. E quando o Alexis a levou para a suíte, a coitada sequer pensou que ele não tinha a intenção de conversar. Ela estava emocionalmente fragilizada e se deixou levar pela atração que sentia por ele. Nunca realmente tinha aproveitado alguma coisa em sua vida. E se sentiu atraída por aquele homem. Ela é humana. Tem direito de ser humana pelo menos por uma noite, não é verdade? Eu não sei se me deixaria levar tanto, mas fui injusta com a Rhianna e precisava admitir isso para ficar com minha consciência tranquila.rsrs... Agora com o Alexis, eu não fui injusta, não! Ele é um cachorro filho da pontualidade mesmo. Não o julguei precipitadamente, não. Estou com a minha consciência tranquila.kkk..


- A história começa cinco anos depois daquela noite que foi mágica para a Rihanna, mas que se transformou num terrível pesadelo na manhã seguinte. Como vocês viram pelo primeiro trecho que coloquei, o Alexis a dispensou na manhã seguinte como se ela fosse uma prostituta e deixou bem claro que se ela não saísse dali, o mais rápido possível, por bem...sairia por mal. Ele transou sem camisinha e como todo filho da pontualidade não pensou se aquela noite traria consequências para a tola que se deixou levar por ele. Ele simplesmente a expulsou de sua vida como se ela não significasse nada. Como se fosse apenas um corpo quente disponível para o seu prazer. E a esqueceu. Em nenhum momento pensou se ela estava arcando com as consequências do ato dos dois. Pois, por mais que ele não quisesse admitir, ela não tinha feito sexo sozinha. Aí, cinco anos depois, quando uma assistente social mandada pelo próprio diabo, aparece dizendo que ele é pai de uma criança, ele não acredita. E quando vê que o menino é a imagem física dele, resolve se sentir indignado e deseja crucificar a mocinha por ter escondido dele que tinha engravidado. Primeiro, qual mulher seria tola o bastante para procurar mais uma vez um cara que tinha jogado o dinheiro em cima dela, após uma noite de amor, como se ela fosse uma vadia? Teria que ter nenhum amor-próprio para fazer isso. E segundo, ele acreditaria? Não. A humilharia de novo. Dizendo que ela não poderia saber quem era o pai da criança já que pelo visto costumava transar com o primeiro que aparecia. E é mais ou menos isso que ele pensa quando fica sabendo da existência do menino. E ainda exigiria um teste de DNA, expondo ainda mais a mocinha à mais humilhações. Não. Eu não a condeno por não ter contado nada. Aquele canalha não merecia nenhuma consideração. 

Bem... Onde eu estava? Sim. Ele duvida e depois, vendo a criança, acredita que é pai do menino e fica furioso com a Rhianna. É aí que a história realmente começa. A Rhianna estava no hospital, pois tinha sido atropelada por um bêbado que dirigia em alta velocidade. A assistente social que "só estava pensando no que era melhor para a criança", aproveitou sua oportunidade de ouro para tirar o Nicky da Rhianna. Nossa mocinha vivia da ajuda do governo, pois depois daquela noite de amor com o Alexis, seu pai sofreu outro infarto e ficou ainda mais fraco desde então. Ela vivia pelo pai e pelo filho. Eles precisavam dela vinte e quatro horas por perto. O estresse, as vinte e quatro horas dedicadas ao pai e ao filho e depois a morte recente do pai, abalaram as defesas dela. Ela acabou ficando doente e tomando uma dosagem de remédio para a gripe que a deixou inconsciente na cama. Ela tinha ficado doente e acabou tomando remédio demais. O que não fez de propósito. Ela não imaginava que o remédio em vez de fazer bem faria mal. Acabou que ela ficou inconsciente na cama e a assistente social quando apareceu foi atendida pelo Nicky. A mulher nem sequer perguntou nada. Foi logo afirmando que a mocinha era viciada em drogas e que iria tirar o menino dela. Desesperada, temendo perder seu único motivo para viver, a mocinha saiu do apartamento com o filho para ir falar com seu médico, que poderia ajudá-la a provar que não era viciada em drogas. Só que antes de chegar lá foi atropelada pelo infeliz que estava dirigindo com a intenção de matar alguém. Esse fato, provoca o reencontro do casal e é aqui que eu paro de falar. 


- Não irei contar tudo que acontece depois do reencontro, mas posso dizer que foi aí que realmente comecei a gostar da história. Principalmente, quando o Alexis provou não ser filho do coisa ruim. Não estou dizendo que ele não era o canalha que eu tinha certeza que ele era graças às suas atitudes. Não. Não retiro nada que disse sobre ele.rsrs... Acontece, que acabei perdoando-o.kkkk... Ele me deu motivos para perdoá-lo. Ele, diferente de vários outros mocinhos canalhas que já perdoei, admitiu que errou e tentou mudar. Ele não foge da verdade quando ela bate em sua cara. Ele reconhece que errou e achei muito fofa uma coisa que ele fez. Naquele instante, eu soube que não acabaria a história odiando-o. Ele é difícil, cafajeste, saber ser bem cruel quando quer e esconde os sentimentos de si próprio, mas no fundo ele é humano. E como todo humano, é falho. Não acredito que ele amava a mocinha no início da história. Assim como também não acredito que ela o amava. Mas a convivência forçada faz com que ele aprenda a amá-la e eu gostei de como as coisas se desenvolveram. Não digo que terminei a história amando-o com todo o coração (isso seria impossível.rsrs...), mas acabei perdoando-o e cheguei a gostar dele. No fundo, ele merecia a mocinha. E a chance de ser pai do pequeno e fofíssimo Nicky. O Nicky foi o personagem mais cativante dessa história. Ele quase me fez chorar com o amor que sentia pela mãe. Existem coisas que ele diz , o modo como estava agindo no início da história, que nos emociona. Acho que ele não poderia ter pais melhores do que o Alexis e a Rhianna. Apesar de todas as falhas, eles amavam aquele garotinho. Disso eu não duvidei um só instante. 

- E aí? Terminei a história amando ou odiando o livro?rsrs... Não amei, mas também não odiei. Terminei a história com a certeza de que leria o livro novamente. Apesar de sempre brigar com esse tipo de livro (cujo mocinho é mais vilão do que qualquer outra coisa), eu gosto.kkkkkk... No fundo, sentia falta.rsrs... Eu estava precisando me estressar com um mocinho arrogante e sem cérebro em funcionamento. Para matar a saudade, sabe? Em breve pretendo até ler um livro da especialista em mocinhos-vilões: Lynne Graham. :D Sim. Eu sou masoquista. 

- Vou dar quatro estrelas ao livro, pois a história é muito boa e até considero o livro um dos melhores da série Paixão. O casal não passa a história inteira na cama como se não tivesse nada mais para fazer, sabe?  Tem história no livro. Valeu a pena lê-lo. Me estressei, sim, com o mocinho. Perdi a paciência com ele, mas já sabia o que me aguardava quando comecei a ler o livro. Mocinhos como o Alexis não são novidade para mim. Não sei o que eles tem que me atrai.rsrs...


- Esse livro foi indicado pela querida Moniquita! Gracias, amiga! Apesar de quase ter mandado o Alexis e o livro para o inferno, acabei gostando muito da leitura. Não fiquei apaixonada pelo Alexis, mas sei que lerei essa história novamente um dia. Quando o Alexis reconheceu o erro dele, eu percebi porque você gosta dessa história. Só depois da mudança de atitude dele consegui enxergar que ele não era um demônio.rsrs...


- Recomendo a história para quem está acostumada com os livros da Lynne Graham, Michelle Reid, Helen Bianchin, Sara Craven, Carole Mortimer... Quem gosta dos livros dessas autoras, provavelmente vai gostar desse livro da Julia James. Não perde para os livros dessas autoras, não. Dos livros da Julia James que já li, esse é com certeza o melhor. Um incentivo para eu ler mais livros da autora. 


Bjs!

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

Um comentário:

  1. Também pensei mal da mocinha no começo,mas depois tal como vc tive que me redimir.A pobre estava com os nervos a flor da pela pela responsabilidade de salvar a empresa do pai e meteu o pé na jaca indo par a a cama com o inimigo.O Nick entendeu tudo errado,penseou que ela estava se oferecendo em troca de um acordo e foi tudo por água a baixo.Somando a isso uma assistente social que de social não tem nada temos uma grande confusão.Eu adoro esse livro,já li 2 vezes e vou ler novamente com certeza.

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